Em Juazeiro do Norte, a revolta dos professores da rede municipal de Juazeiro do Norte tomaram conta de ruas do centro da cidade, no final da tarde de ontem, após uma sessão tumultuada, em que foi aprovado o projeto de Lei que altera o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Professores (PCCR).
Os docentes, com a alteração do plano, terão retirados até 40% da gratificação por insalubridade, dos salários, chegando mais de R$ 600,00 de descontos. Até 2 mil professores, conforme o Sindicato dos Servidores Municipais, deverão ser atingidos.
Depois de 15 dias de apreciação, o projeto foi colocado para votação na última terça-feira, e não chegou a ser aprovado, por conta da manifestação que tomou conta do plenário. Ontem, por 12 votos a favor e 4 contra, a mensagem passou pelo legislativo, numa sessão praticamente inaudível, com apitaço e gritos. Profissionais de imprensa no local e manifestantes chegaram a passar mal por conta do spray de pimenta que foi lançado no recinto com ar condicionado.
Um grande aparato policial solicitado pela Câmara Municipal, além do auxílio da Guarda Municipal, esteve no local para conter a manifestação dos professores, que já decidiram pelo início de greve por tempo indeterminado. A decisão ocorreu durante assembleia realizada nesta quarta-feira. A presidente do Sindicato, Mazé dos Santos, afirma que será respeitado o prazo legal das 72 horas após a aprovação, para o início da greve.
O redimensionamento das escolas da zona rural e o remanejamento de professores desde o início do ano, tem provocado várias crises na educação de Juazeiro do Norte. Desta vez, a justificativa na redução das gratificações dos docentes, segundo a secretaria de Educação, é a adequação da folha de pagamento.
Vereadores que votaram contra o projeto debaterão a possibilidade de pedir anulação da sessão. Segundo Cláudio Luz, a forma como ocorreu a votação fere o regimento da casa. A vereadora Rita Monteiro (PT do B), que chegou a passar mal durante a sessão por conta do spray de pimenta, considerou o ato um desrespeito aos professores.
Fonte: Diário do Nordeste
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