A partir das 8h de hoje (22), servidores do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) do Rio Grande do Norte iniciam uma greve de advertência que terá duração de 24 horas. O movimento paredista está sendo organizado pelo Sindicato dos Policiais Civil e Servidores da Segurança Pública (Sinpol), que protestará contra a não aprovação do Plano de Cargos Carreira e Salário (PCCR) e contra a transformação do órgão em "cabide de emprego político", segundo os representantes da categoria.
De acordo com José Erivan, diretor do Sinpol, que na tarde de ontem esteve em Mossoró realizando assembleia com os funcionários do Itep, a morosidade do governo em aprovar o PCCR tem causado uma insatisfação na categoria, que resolveu em comum acordo parar as atividades pelo período de 24 horas. "Nesse primeiro momento estamos parando apenas como advertência, porém se o governo não nos der uma posição satisfatória não descartamos uma greve por tempo indeterminado", destacou Erivan.
O sindicalista disse também que por falta de um plano de carreira dos funcionários, o Itep tem se tornado local de abrigar funcionários colocados por acordos políticos, o que não condiz com a magnitude do órgão. "Nas sedes do Itep de Natal, Mossoró e Caicó muitos funcionários foram colocados por acordos políticos e não é isso que queremos. Queremos uma política justa para todos", concluiu.
Sesed diz que Sinpol não tem motivos para greve
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) considera a greve de 24 horas dos servidores do Itep sem motivo algum. De acordo com o consultor-geral do Estado, José Marcelo Ferreira da Costa, em entrevista à imprensa da capital, o governo não vai aceitar nenhuma pressão. "O Sinpol quer que eu defina uma data para apresentar o processo com o projeto de lei para a criação do Estatuto do órgão, mas ficou sete meses com o documento, o que indica que não existe essa pressa toda", disse.
Mesmo ponto de vista defende Nazareno de Deus, diretor-geral do Itep, que disse que a paralisação não tem fundamento e não deveria acontecer. Ele ainda diz que os funcionários que faltarem ao trabalho na sede de Natal e nas coordenadorias do interior terão o ponto cortado. "Os serviços essenciais serão mantidos", avisa.
Fonte: O Mossoroense
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