No estado do Rio Grande do Norte, 81 projetos receberam recursos do Ministério da Cultura (MinC) para financiar suas atividades por meio do edital Microprojetos Mais Cultura para o Semiárido. São trabalhos socioculturais de diversas naturezas: grupos teatrais, corais, bandas que usam sucatas como instrumentos, oficinas de artesanato e até mesmo grupos dedicados a promover o debate entre gerações.
Nesta quinta-feira (dia 2), os vencedores do edital e representantes do MinC se encontram para trocar experiências e discutir a melhor forma de construir de uma rede que permita a interação entre os projetos. O encontro ocorre na Pinacoteca do Estado, em Natal.
Um exemplo de iniciativa que o prêmio do edital ajudou a manter viva é a “Turma de Caboclos do Mestre Antonio Grosso”, do município de Major Sales, que se dedica em manter viva a tradição da dança de origem indígena. “Desde os 12 anos de idade que danço Caboclo. Eu ensino o passo da dança e da história faz uns 40 anos. Quando uns vão ficando 'velho' e não aguentam mais dançar no trupé dos caboclos outros vão entrando no lugar”, conta o mestre Antônio Grosso. Segundo ele, “essa atividade ocorre durante todo ano. A gente se ‘ajunta’ no terreiro só pra brincar, mas o tempo mais forte é na Semana Santa e no Sábado de Aleluia!”, diz.
O caboclo, explica o mestre, tem base musical formada por sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro. A base coreográfica tem de doze a dezesseis brincantes dançando sempre em roda, envolvidos em passos característicos. Os dançarinos emitem um som gutural, onomatopaico de ira incessante e seus sapateados ajudam a compor a base percussiva. As roupas de trapos de panos multicoloridos com máscaras provocam um impacto plástico incomum, e a sua confecção é realizada em mutirão.
Outro exemplo semelhante vem do município de Lages. Trata-se do projeto “Música em Sucata Como Sustentabilidade Para Crianças e Adolescentes”. Cícero Batista da Silva foi aluno do “Projeto Artístico Pedagógico Pau e Lata”, iniciado em Alagoas em 1996. Há três anos, de aluno, Cícero passou a ser multiplicador da iniciativa e desde então coordena a iniciativa na pequena Lages, cidade que possui pouco mais de 10 mil habitantes em meio ao sertão potiguar e fica aos pés do Pico o Cabuji.
Com o dinheiro da premiação do edital, Cícero e demais integrantes do “Música em Sucata” puderam comprar baquetas, caixa amplificada, microfone, além de dar bolsa de incentivo para três integrantes do projeto. Entre as oficinas de percussão e palestras para discutir os problemas da comunidade, Cícero sonha: “Quero tentar fazer com que a cultura nordestina sobreviva frente a cultura norte-americana difundida principalmente pelas grandes mídias”.
Outro projeto potiguar que tem nos jovens o foco da ação é o “Teatro do Oprimido: jovens em ação por uma sociedade melhor”, do município de Messias Targino, iniciativa que, segundo Pedro Cesar de Almeida, sem o prêmio do edital Microprojetos Mais Cultura jamais teria saído do papel. “Só assim foi possível comprar todo material utilizado pelo projeto como: figurino caixa de som, DVD, câmera digital, pagamento dos professores, deslocamento, alimentação entre outros”.
O Teatro do Oprimido é um método teatral desenvolvido pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal (1931-2009) que alia artes cênicas à ação social com o objetivo de promover transformação nas camadas mais pobres da sociedade, além de promover a democratização da cultura. Pedro César relata que os jovens moradores de Messias Targino foram assistir uma peça do Teatro do Oprimido em Campina Grande, Paraíba. “foi daí que surgiu a idéia de formar um grupo do TO no nosso município”, explica. “Os jovens se reúnem duas vezes por semana e já estão se apresentando em várias cidades da região. Por onde passam, são elogiados”.
Nesta quinta-feira (dia 2), os vencedores do edital e representantes do MinC se encontram para trocar experiências e discutir a melhor forma de construir de uma rede que permita a interação entre os projetos. O encontro ocorre na Pinacoteca do Estado, em Natal.
Um exemplo de iniciativa que o prêmio do edital ajudou a manter viva é a “Turma de Caboclos do Mestre Antonio Grosso”, do município de Major Sales, que se dedica em manter viva a tradição da dança de origem indígena. “Desde os 12 anos de idade que danço Caboclo. Eu ensino o passo da dança e da história faz uns 40 anos. Quando uns vão ficando 'velho' e não aguentam mais dançar no trupé dos caboclos outros vão entrando no lugar”, conta o mestre Antônio Grosso. Segundo ele, “essa atividade ocorre durante todo ano. A gente se ‘ajunta’ no terreiro só pra brincar, mas o tempo mais forte é na Semana Santa e no Sábado de Aleluia!”, diz.
O caboclo, explica o mestre, tem base musical formada por sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro. A base coreográfica tem de doze a dezesseis brincantes dançando sempre em roda, envolvidos em passos característicos. Os dançarinos emitem um som gutural, onomatopaico de ira incessante e seus sapateados ajudam a compor a base percussiva. As roupas de trapos de panos multicoloridos com máscaras provocam um impacto plástico incomum, e a sua confecção é realizada em mutirão.
Outro exemplo semelhante vem do município de Lages. Trata-se do projeto “Música em Sucata Como Sustentabilidade Para Crianças e Adolescentes”. Cícero Batista da Silva foi aluno do “Projeto Artístico Pedagógico Pau e Lata”, iniciado em Alagoas em 1996. Há três anos, de aluno, Cícero passou a ser multiplicador da iniciativa e desde então coordena a iniciativa na pequena Lages, cidade que possui pouco mais de 10 mil habitantes em meio ao sertão potiguar e fica aos pés do Pico o Cabuji.
Com o dinheiro da premiação do edital, Cícero e demais integrantes do “Música em Sucata” puderam comprar baquetas, caixa amplificada, microfone, além de dar bolsa de incentivo para três integrantes do projeto. Entre as oficinas de percussão e palestras para discutir os problemas da comunidade, Cícero sonha: “Quero tentar fazer com que a cultura nordestina sobreviva frente a cultura norte-americana difundida principalmente pelas grandes mídias”.
Outro projeto potiguar que tem nos jovens o foco da ação é o “Teatro do Oprimido: jovens em ação por uma sociedade melhor”, do município de Messias Targino, iniciativa que, segundo Pedro Cesar de Almeida, sem o prêmio do edital Microprojetos Mais Cultura jamais teria saído do papel. “Só assim foi possível comprar todo material utilizado pelo projeto como: figurino caixa de som, DVD, câmera digital, pagamento dos professores, deslocamento, alimentação entre outros”.
O Teatro do Oprimido é um método teatral desenvolvido pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal (1931-2009) que alia artes cênicas à ação social com o objetivo de promover transformação nas camadas mais pobres da sociedade, além de promover a democratização da cultura. Pedro César relata que os jovens moradores de Messias Targino foram assistir uma peça do Teatro do Oprimido em Campina Grande, Paraíba. “foi daí que surgiu a idéia de formar um grupo do TO no nosso município”, explica. “Os jovens se reúnem duas vezes por semana e já estão se apresentando em várias cidades da região. Por onde passam, são elogiados”.
- Serviço: Encontro Microprojetos Mais Cultura do Semiárido – Rio Grande do Norte
- Quando: quinta-feira, 2 de setembro, de 8h às 11h30.
- Onde: na Pinacoteca do Estado, Praça 07 de Setembro, Cidade Alta, Natal.
Fonte: Tribuna do Norte
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