terça-feira, 28 de agosto de 2012

RN foi segundo estado do NE com mais empresas falidas, aponta IBGE


O Rio Grande do Norte foi o segundo estado do Nordeste que, em 2010, amargou mais resultados negativos quanto à sobrevivência e falência de empresas, segundo estatísticas publicadas nesta segunda-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do estudo Demografia das Empresas. O estado só ficou atrás do Maranhão em ambos quesitos analisados.

A taxa de sobrevivência de empresas no Rio Grande do Norte foi de 74,1% em 2010, sendo a oitava menor taxa do Nordeste. O Maranhão foi o estado com o pior desempenho nessa modalidade de análise, com a menor proporção de sobrevivência de empresas da região, com 71,8%.

Já em relação à taxa de saída de empresas do mercado, o RN  ocupou, em 2010, a segunda posição do ranking da região Nordeste, com 17,9%, ficando atrás, mais uma vez, do Maranhão, que somou 21,4%.

De acordo com Ivanilton de Oliveira, do Setor de Disseminação de Informações do IBGE/RN, vários fatores foram responsáveis pelas elevações negativas destes dois índices no Rio Grande do Norte. "A elevada carga tributária, as dificuldades no escoamento da produção, a falta de recursos para capacitação dos gestores, a falta de assessoria técnica e a necessidade de capital de giro, levaram muitas pequenas empresas à falência no estado", ressaltou Ivanilton Oliveira. Ele disse, ainda, que mais da metade das pequenas empresas formais abertas no Rio Grande do Norte, a partir de 2007, faliram.

Em contrapartida, no mesmo período analisado (o ano de 2010), foram registradas 28.107 empresas ligadas à área de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 99.370 empregadas. O saldo de aberturas foi superior à taxa de saída de empresas com este perfil, com uma diferença de 6,2% e 6.166 novos funcionários, contra 1.881 pessoas demitidas, o que corresponde a 1,9%.

Em relação à indústria de transformação, o saldo também foi positivo, com 4.278 empresas gerando empregos para 75.017 pessoas. A taxa de entrada - abertura de empresas - neste segmento de mercado foi de 3,9% (admissões) contra 0,6% de saídas (demissões). Conforme dados do IBGE, a economia potiguar passou por um processo de recuperação em 2010, entretanto, com saldo positivo no número de contratações e na abertura de novas empresas.

Segundo Ivanilton Oliveira, em contrapartida, o constante fluxo de fechamento e abertura de empresas prejudica o crescimento econômico do estado e, consequentemente, a dinâmica do mercado. Diferente das pequenas empresas, as indústrias de grande porte instaladas no Rio Grande do Norte registraram aumento de 20,72% em 2010, quando comparados os índices com 2009.

Para Ivanilton, a principal diferença entre as grandes e as pequenas empresas, é o aporte financeiro disponível para investimentos, assessoria técnica e capacitação dos gestores. O problema em comum às empresas, porém, ainda de acordo com Ivanilton, é a elevada carga tributária paga pelo empresário que se instala no Rio Grande do Norte. "Faltam incentivos e isto é um grande problema", destacou.

Fonte: Blog Janduís em Foco via RN TV

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