sexta-feira, 8 de julho de 2011

Impasse da greve dos professores será resolvido na Justiça

O destino de mais de 300 mil estudantes do Rio Grande do Norte está, agora, nas mãos da Justiça. Após mais de dois meses em greve - os professores da rede estadual pararam as atividades no dia 2 de maio -, a situação do ensino no estado se agravou ontem, depois que os representantes do Governo do Estado e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN) não chegaram a um acordo. Em virtude do impasse, o ano letivo está comprometido e, mesmo que os educadores retornem ao trabalho e acelerem o ritmo de aulas, não será possível concluir, adequadamente, o cronograma de sala de aula. Diante da paralisação, o estado resolveu pedir à Justiça que decretasse a ilegalidade da greve e ontem, durante uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, presidida pelo juiz Virgílio Macêdo Junior, nada foi solucionado. Agora, o julgamento do pedido liminar ocorrerá durante a sessão do Pleno de desembargadores, na próxima quarta-feira.

Sinte e governo divergiram quanto à implantação dos 34% de reajuste remuneratório decorrente da implantação do piso salarial nacional. Enquanto o sindicato defende a implantação progressiva entre os meses de julho e setembro, o Executivo assinala que somente pode se comprometer com um parcelamento entre os meses de setembro a dezembro. Um outro impasse diz respeito ao saldo retroativo advindo da implantação deste piso nacional. Os representantes dos professores defendem que os novos salários devem ser computados a partir de abril. Enquanto isso, o governo afirma que não há qualquer definição neste sentido do ponto de vista da legislação e que, por isso, tende a não contabilizar qualquer espécie de saldo retroativo.

O valor e período de implantação da data-base dos salários dos professores também foi tema de discórdia. Por um lado, o Sinte pede um aumento de 21,76% já a partir de janeiro de 2012. Por outro, o estado argumenta que já há discussões no âmbito do Governo Federal para que se realize um novo cálculo no percentual de reajuste e também no período de implementação dos valores. "Nós não nos negamos em cumprir esses reajustes e período da data-base, mas não temos também como especificá-los. Vamos aguardar o que disser a legislação", disse a secretária estadual de Educação, Maria Betânia Ramalho. Estiveram presentes também na audiência o procurador geral do Estado, Miguel Josino Neto; a presidente do Sinte/RN, Fátima Cardoso; e a secretária adjunta de Educação, Adriana Diniz.

Fonte: Diário de Natal

Postagens Relacionadas:

  • UERN Pau dos Ferros - o forno Estudantil Por Jéferson Carlos ""Enquanto professores da UERN reivindicam melhoria salarial e ameaçam fazer greve, alunos do curso de geografia do CAMEAM passam por sufoco..... “A impressão é estarmos dentro de um forno”. … Mais informações
  • Sobre a BolsaOntem (01) Wallacy Barreto nos enviou um comentário sobre a postagem “Bolsa em Atraso Novamente”, publicada na sexta-feira (29), veja comentário: “A Prefeitura Municipal de Messias Targino entende a necessidade dos estudante… Mais informações
  • Boa Notícia Sobre a BolsaA noticia que nós gostaríamos de está postando aqui no Olhar Messiense seria que a tal Bolsa estava sendo paga, mas infelizmente ainda não poderemos postar. Mas temos novidades sobre a mesma, o Vereador Antenor Laurentino de … Mais informações
  • A Situação do Movimento Estudantil no Interior do RNPor Katson Fernandes Do Blog Voz Interiorana  Olá Companheiros(as) A matéria de hoje trata de um assunto, bastante relevante na construção de qualquer sociedade que seja, o Movimento Estudantil, que em nossos interior… Mais informações
  • Professores da Rede Estadual da Educação deflagraram greveApós meses de negociações com o governo do Estado sem obter sucesso, os trabalhadores em Educação resolveram entrar em greve. A suspensão das atividades nas escolas da rede já iniciaram e não há previsão para fim. A decisão f… Mais informações

0 comentários:

Postar um comentário