O Brasil está pronto para ser destaque no mundo, mas não da velha ordem e sim de um novo cenário mais justo e democrático, em que as disparidades econômicas e sociais sejam bem menores e haja mais democracia, liberdades públicas e respeito aos direitos humanos.
Essa foi a tônica do discurso do presidente Lula lido nesta sexta-feira (29/1) em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial, pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O chanceler recebeu o prêmio Estadista Global em nome do presidente brasileiro, que não pode comparecer ao evento por ter tido uma crise de hipertensão momentos antes de embarcar para a Europa.
Lula afirmou que considera inapropriado dizer que o Brasil “está na moda”, porque isso é “fugaz e passageiro”. O Brasil, segundo ele, quer e será ator permanente no cenário do novo mundo.
"O Brasil, porém, não quer ser um destaque novo em um mundo velho. A voz brasileira quer proclamar, em alto e bom som, que é possível construir um mundo novo. O Brasil quer ajudar a construir este novo mundo, que todos nós sabemos, não apenas é possível, mas dramaticamente necessário, como ficou claro na recente crise financeira internacional – mesmo para os que não gostam de mudanças."
Para ler a íntegra do discurso, clique aqui.
O presidente brasileiro afirmou em seu discurso que, mais do que um ato de generosidade, a construção da nova ordem mundial é uma “atitude de inteligência política”.
O Brasil, afirmou, está fazendo sua parte. De 2003, quando Lula esteve pela primeira vez em Davos, até hoje, o País viu 31 milhões de pessoas entrarem para a classe média e 20 milhões saírem da pobreza absoluta. A dívida externa foi paga e o Brasil hoje é credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). As reservas internacionais saltaram de US$ 38 bilhões para US$ 240 bilhões. O País está consolidando uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e caminha para se tornar a quinta maior economia do mundo.
Diante de tantos números ficamos maravilhados, o que muitas vezes é um ponta pé para a cegueira, caros leitores, os números não mentem, mas podem esconder uma verdade. Por trás dos US$ 10 bilhões em bônus do Fundo Monetário Internacional (FMI) que o brasil emprestou, temos um país com inúmeras desigualdades sociais, escolas da base da educação brasileira em decadência e uma rede de saude inapropriada para atender uma população de mais de 180 milhões de habitantes. E muitos desses problemas, poderiam ser amenizados com esses 10 Bilhões.
Um novo mundo, sim, todos nós queremos, mas antes vamos concertar o nosso velho País!
fonte: blog do planalto
foto: "Paraisópolis" de Tuca Vieira
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