Cerca de 160 professores temporários da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) estão sendo comunicados da rescisão do contrato provisório de trabalho, confirmou ontem a Associação dos Docentes da Universidade do Rio Grande do Norte (Aduern). As demissões estão sendo procedidas pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos da instituição.
"No final da tarde de hoje (ontem), fomos surpreendidos com a notícia de que a Pró-Reitoria está entrando em contato com os professores temporários para rescindir o contrato. Encaminhamos à assessoria jurídica e estamos aguardando o parecer para saber se o procedimento é legal", conta o presidente da Aduern, Flaubert Torquato.
O professor diz estranhar o fato, já que havia sido acordado que não haveria problema com os professores temporários que aderiram à greve, que completou 70 dias ontem. Apesar de cogitar retaliação e perseguição política, ele diz esperar o parecer jurídico e resultado de conversas hoje para se posicionar melhor.
"O reitor não está em Mossoró. Vamos procurar a Pró-Reitoria de Recursos Humanos da Universidade amanhã (hoje) para conversar sobre a situação", informa o presidente da Aduern, que considera inadmissível que haja demissões de professores em retaliação à paralisação na Universidade por reajuste salarial.
Mobilização
Segundo a Aduern, apesar de todos os esforços do sindicato, o Governo do Estado continua inflexível e se nega a achar uma solução para o impasse. Diante disso, no último encontro da categoria docente, ficou decidido que as mobilizações deveriam ser intensificadas.
Ontem à noite, o comando de greve realizou o "Ato Político-Literário", na abertura da Feira do Livro de Mossoró, na Estação das Artes. A concentração dos professores ocorreu na Praça do Teatro Municipal Dix-huit Rosado, de onde saíram para o protesto na Estação das Artes.
Amanhã, Dia do Estudante, a Aduern promove o evento "Uern em Debate", no pátio da Reitoria da Universidade, às 8h, quando haverá o lançamento de um manifesto e abaixo-assinado em defesa da Universidade.
Além disso, o evento contará com a presença de representantes de segmentos religiosos, artístico-culturais, sindicais, políticos e ex-reitores. "Todos os professores devem participar das mobilizações de forma a fortalecer o movimento paredista. Precisamos mostrar que os professores estão unidos", afirma Flaubert Torquato.
Fonte: O Mossoroense
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