quinta-feira, 7 de julho de 2011

@C_O_M_E_M - A Nova Resistência

06 de julho de 2011. Mais um final de tarde tranqüilo, típico da “pacata” cidade de Mossoró – RN. PACATA? Estamos falando, simplesmente, da cidade que libertou os escravos cinco anos antes da assinatura da Lei Áurea. Aquele lugar, que em 1875, as mães foram às ruas lutar, armadas de sentimentos nobres e justificáveis, e enfrentaram a polícia para garantir o futuro dos seus filhos, longe da guerra. Falamos da cidade que garantiu o primeiro voto feminino, nesse país. E como se não bastasse, resistiu ao ataque do bando do cangaceiro mais famoso da história, Virgulino Ferreira da Silva – Lampião, o Rei do Cangaço. Diante desses fatos, chamar a cidade de Mossoró, ou seus moradores, de “pacata/os” é no mínimo audacioso. No final da tarde dessa quarta-feira, os alunos do @C_O_M_E_M, que estão acampados na sede da 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos – 12ª DIRED receberam a visita de cinco viaturas da polícia militar, com homens fortemente armados, e dispostos a utilizarem a força para “cumprir a missão”.

Na ocasião os “homens da lei” estavam investindo na tentativa de execução do mandado de desocupação do prédio da DIRED. Após mais um dia de negociações frustradas, o estado resolveu cumprir com a palavra (surpreendentemente), e agiram com truculência, levando a situação para outro patamar.

No entanto, os estudantes armaram-se, não com cassetetes ou armas de fogo, mas com suas verdades e a certeza de que dias melhores virão. Com rostos e corpos pintados, gritavam palavras de ordem. Diante da adversidade apresentada, eles escolheram não retroceder. No momento que suas escolhas foram postas à prova, eles escolheram abraçar a causa.

Não é a primeira vez que isso acontece, tampouco será a última, mas mais uma vez a população se levanta para resistir às forças opressivas daqueles que tentam restringir seus sonhos. Novamente a famosa “resistência mossoroense” foi posta à prática.

Muitos perguntaram, até aonde estas pessoas serão capazes de ir. Se for necessário, resistiremos até as últimas conseqüências. Resistiremos de forma passiva, sem a utilização da violência, deixaremos isso a cargo do governo.

“Até que tudo cesse, nós não cessaremos!”

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Fonte: Blog @C_O_M_E_M

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