Antigos Carnavais
por Carlos Santos
Antes
que me chamem de saudosista, retrógado e ante progressista, quero deixar um
breve LAMENTO aos senhores que atribuem ao atual cenário carnavalesco como de
grande evolução e de imenso destaque cujo qual merece aplauso.
O que
me levou a escrever sobre este tema foi, mais uma vez, a coluna Estação da
Palavra por Alcimar de Sousa, na mesma ele relembrava dos Antigos Carnavais aos
quais fez parte e que hoje em dia se encontram perdidos nas lembranças e nos
desejos de reviver-los.
Muitas
pessoas atualmente, frenéticas pelos desejos juvenis que afloram em seus
corpos, deixam passar despercebido o que esta por trás da “diversão” jogada em
nossos dia-a-dia em festinhas carnavalescas desta época do ano.
A
mídia consegue vender bem, alem das bundas e seios femininos, a idéia da
vulgaridade mostrada nos palcos das inúmeras bandas que iram conduzir o
carnaval 2011 no Rio Grande do Norte. Bandas de baixo calão, que servem somente
para propagar pornografia e rituais coletivos de acasalamento, deixam de fora
das folias famílias inteiras que adorariam curtir seu carnaval como todos os
demais foliões, mas conduzidos pela decência não se arriscam sair às ruas.
Tive
o prazer de assistir uma belíssima palestra da carnavalesca de décadas, Leci
Brandão, no Rio de Janeiro durante a 7ª Bienal da UNE onde em seu discurso
deixou bem claro que o carnaval de hoje serve apenas a uma mídia financeira
oportunista que roubam os direitos da boa e saudável diversão de outrora.
O
povo, a quem é destinado a criação do carnaval, uma festa livre onde todos
podem participar brincar e se divertir estão limitados aos cordões de Salvador,
a Sapucaí do Rio, ao Anhembi em São Paulo e a Decência no Rio Grande do Norte.
Agora
olhando pelo Brasil a fora ainda restam pessoas que prezam pelo bom senso e a
dignidade humana, podemos falar aqui do Bloco Joga o Barro na Parede em Oieras
– Piauí, do Bloco das Ilusões em Recife e da banda Antigos Carnavais em Natal –
RN são todas pessoas que, com jeitinho, tentam não deixar o verdadeiro carnaval
morrer fica ai a dica para o carnaval deste ano.
Queremos
um dia sair as praças e ver multidões compenetradas nas festanças rimas e
brincadeiras saudáveis, dos grandes bonecos e mascaras, do vai e vem das pernas
dançantes dos foliões, das machinhas e boas letras, da sensação de liberdade,
sem apelos sexuais violentos e imorais dos rituais coletivos de acasalamento
que vive o carnaval potiguar. Como diria o Barão do Rio Branco “Existem no
Brasil, apenas duas coisas realmente organizadas: a desordem e o
carnaval..."
Ao
Blog O MESSIENSE
Agradecemos
as tão boas palavras e tempo de dedicação dado a leitura do nosso blog, também
aceitaremos criticas que por ventura vem aparecer, reafirmamos que somos
leitores do espaço O Messiense onde tem feito um ótimo trabalho.
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